domingo, 21 de julho de 2013

Dicas para enviar originais para analise de editoras

Texto muito informativo sobre como lidar com editoras, encontrei no site da editora madras:



CONTATO COM VÁRIAS EDITORAS
É absolutamente normal que um autor envie o mesmo original para análise a várias editoras, aguardando assim que uma delas se pronuncie. Quando uma delas o fizer, por uma questão de educação, avise as demais para que elas possam interromper o processo de análise.
Nestas ocasiões, muitas vezes os autores tentam pressionar a editora maior e mais famosa, argumentando que outras editoras também aprovaram seu original.
Aqui vai um conselho: não faça isso, pois você correrá o sério risco de a editora que aceitou seu original descobrir essa pressão e acabar voltando atrás em sua decisão.
Vale outro conselho: nunca minta a respeito de você ou de sua obra, pois o mercado editorial é muito pequeno e um editor sabe o que acontece com o outro. Também não tente ser mercenário, já que a maioria das editoras são um pouco ariscas com este tipo de comportamento.

VÍNCULO COM A EDITORA
Depois de seu original ter sido contatado, pense muito bem antes de assinar o contrato.
A maioria dos autores pensa que é melhor publicar seu livro por uma editora do que por nenhuma. É errado este pensamento. Veja, antes de assinar o contrato, se a editora que entrou em contato com você realmente trabalha de forma séria e idônea e se mantém qualidade em seus produtos.

CONTRATO
Contrato é o documento que explica que você está de acordo em receber pela publicação de seu livro.
Como dito anteriormente, a porcentagem oferecida ao autor é variável. O contrato estipula quais são as cláusulas de condições que a editora estabelece, e o autor pode aceitá-las ou não. Normalmente, quando há alguma cláusula com que o autor não concorda, este tem pleno direito de fazer uma contraproposta, que poderá ser aceita ou não pela editora.
É aconselhável que o autor leia com bastante atenção o contrato antes de assiná-lo ou peça instruções para um advogado, pois, depois de isso feito, significa que ele está de pleno acordo com todas as cláusulas contratuais.
É bom tomar estes cuidados para que não haja desentendimentos futuros entre autor e editora, pois alterações a posteriori são muito complicadas e vão contra o andamento natural dos processos da editora.

COMPORTAMENTO DO AUTOR
O livro é um produto que carrega consigo um rótulo de prestígio, de elite e de trabalho de toda uma vida. Essa é uma visão distorcida. Apesar de os medos serem absolutamente normais como parte do processo de publicação de um livro, é bom lembrar que os profissionais de uma editora são da área da cultura, e não psicólogos. Desse modo, ter ataques de ansiedade, telefonemas diários ao editorial ou à produção, reclamações insistentes sobre atrasos e uma presença constante na editora sem que você tenha sido chamado, em vez de ajudar acaba atrapalhando a produção de seu livro, tendo em vista que você deixará os funcionários encarregados pela produção de seu livro muito irritado e de mau-humor, podendo isso interferir no resultado final do trabalho.
Tenha sempre muito bom senso e equilíbrio nestas horas, para que o trabalho possa ser produtivo para ambos os lados: autor e editora. Os dois têm interesse em um único objetivo: que o livro seja um sucesso e atinja ótimas vendas.
Outro ponto importante é o fato de o autor confundir um editor com um empresário ou agente, e isso não é correto.
O editor é o responsável por analisar a viabilidade de publicação de um livro e, depois de este ter sido aprovado, formalizar o contrato, dando andamento ao processo de produção. Para isso, ele tem pessoas que trabalham com ele, auxiliando-o, cada uma em seu respectivo setor, neste processo de produção.
Desse modo, o autor deve se dirigir sempre ao funcionário responsável por cada departamento em que sua obra estiver passando, não exigir que o editor o atenda, pois ele não tem disponibilidade para isso. Já o empresário ou o agente, estes sim têm a função de cuidar de uma outra parte, até em nível pessoal, no que diz respeito ao autor ou sua obra.
Cabe a eles ajudar o autor a decidir sobre questões do tipo: faça isso, não aquilo; vá por este caminho, não por aquele; vamos mudar de estratégia, pois esta não está funcionando; aja desta forma. Eles são um tipo de conselheiro pessoal/comercial do autor. Portanto, não adianta o autor querer atribuir o papel de conselheiro ao editor, pois sua função é exatamente outra.
Outro lembrete: uma editora não é uma empresa em que o autor pode entrar e sair quando bem lhe convier. Jamais vá até a editora sem ter marcado um horário, pois isso pode atrapalhar toda a rotina dos funcionários, que procuram planejar minuciosamente seu dia a dia. E mesmo marcando um horário, não é de bom tom alugar o funcionário. Tenha bom senso e converse sobre tudo o que necessitar no menor espaço de tempo possível. Isso vale também para horários agendados com o editor.

DEPOIS DA PUBLICAÇÃO
Não pense que, depois que o livro tiver sido publicado, seu trabalho acabou aí. A editora se encarrega da distribuição do produto, do encaminhamento de material para a mídia, mas você também tem de fazer sua parte. Juntamente com a editora, o autor é responsável pela divulgação de seu produto. A culpa por um possível fracasso em vendas não é de exclusividade da editora se ela trabalha em divulgação para livrarias e para a mídia. Portanto, não adianta o autor ficar ligando na editora para dizer que seu livro não vende se ele também não colaborar para que isso aconteça. Das duas uma: ou seu livro não é bom ou não teve a correta divulgação.

Nenhum comentário:

Postar um comentário